quarta-feira, 13 de junho de 2012

Sátira e Textos humorísticos

 Sátira: É uma técnica literária ou artística que ridiculariza um determinado tema (indivíduos, organizações, estados), geralmente como forma de intervenção política ou outra, com o objectivo de provocar ou evitar uma mudança. O adjectivo satírico refere-se ao autor da sátira.

Textos humorísticos: São textos que fazem as pessoas rirem muito,contém muita ironia.

A grande diferença,é que os dois podem até ser engraçados,porém a sátira faz como se fosse uma crítica,a alguma coisa,já o texto humorístico só tem como ''função'' ser mesmo engraçado.


EXEMPLO DE SÁTIRA:
Um dos problemas que mais assolam o continente africano e não só é a intolerância étnica e tribal. Quantas guerras não assistimos por este mundo fora motivadas por esse tipo de prejuízos?
Daí que não admira que neste meu Moçambique democrático seja perigosíssimo propor um camarada duma dada etnia para dirigir o município de uma outra. Digo perigoso, porque sou muito susceptível e fico «em cacos» quando certos tipos põem-se a escrever coisas muito feias e ofensivas a meu respeito, do género «o senhor sofre de uma diarreia mental», insultos estes que, para um país cuja população é maioritariamente jovem, deveriam ser evitadas.
Por esse motivo, no meu partido, ao elegermos um cidadão da etnia macua para dirigir o município da cidade de Maputo, predominantemente de rongas, decidimos camuflar a sua proveniência étnica.
Entretanto, havia ainda um pequeno probleminha e cabia mim, o presidente do partido, anfitrião e fornecedor de chás, arranjar-lhe solução: o nosso candidato, de nome Januário José, como qualquer macua de raiz, trocava os «vs» pelos «fs», os «ds» pelos «ts», os «bs» pelos «ps», e por aí em diante. Por exemplo, enquanto que para nós «o dedo da Lila dói», para os macuas «o teto ta Lila tói». Mais: eles, na latrina, «tefecam», não fazem como nós.
Felizmente, o meu cérebro é exactamente o antónimo do dos outros políticos, ou seja, não serve apenas para plantar cabelo, mas também para me ajudar nos momentos efervescentes; por isso lá consegui segregar uma solução: durante uma semana, submeti o meu camarada a aulas de 24 horas cada uma, ensinando-lhe sobre as diferenças entre o «b» e o «p» e etc., procurando sobretudo persuadir-lhe que os portugueses não se tinham enganado na escolha dos sons para aquelas consoantes. Após incansável trabalho, achei-o finalmente apto a fazer um ensaio de discurso perante os restantes dignitários do meu partido.
Só que, como nos ensina o Fidel Castro, neste mundo não podemos confiar nem na nossa própria sombra: Januário José envergonhou-me maningue: se já não dizia «tefecar»; fazia uma espécie de vice-versa: «devegar». Ou então: «vamos ganhar aos vilhos da buda!».
Tive pois que mudar de «medodologia», quero dizer, metodologia. Em vez de lhe gritar «burro» passei a dizer «bpurro», isto é, misturando os sons. O método funcionou em pleno, e ao fim de algum tempo, o tipo já conseguia falar decentemente.
Mas, se é verdade que cada homem tem na terra sua cruz para carregar, não será menos verdade que a mim cabia uma bem pesada. Imaginem vocês a minha desilusão quando no dia em que o íamos inscrever – e ao partido – na Comissão Nacional de Eleições, ao pedi-lo para assinar aquela papelada toda, descobri que o problema lhe tinha passado para as mãos. Onde já se viu alguém chamar-se «Xanuário Xossé»? Nem os aborígenes têm nomes desses!
Tive então que recorrer à minha maior virtude: a paciência. Sim, sou um tipo paciente eu, inclusive sou capaz de ficar anos e anos sem pagar uma dívida. Por isso, continuei a ministrar-lhe as lições, Só  mudei de conteúdo da lição: desta vez, dei-lhe umas aulas práticas sobre como os homens respiravam antes do oxigénio ser descoberto.
Vimo-nos, entretanto, na contingência de, à última hora, lançar um candidato de proveniência étnica ronga como nosso candidato municipal, apesar do facto, unanimemente aceite como verídico, de que os seus profundos conhecimentos de administração circunscrevem-se apenas à contabilidade dos copos de cerveja. Incrível: o tipo ainda hoje se lembra de quantos copos bebeu na manhã do dia nove de Fevereiro de 1964, uma data sem registo especial no calendário histórico do país.



EXEMPLO DE TEXTOS HUMORÍSTICOS (exemplo a piada):
Joãozinho botou uma placa na porta de casa dizendo “CUIDADO COM O CÃO”.
Aí a mãe dele viu e disse:
- Meu filho, por que você está colocando esta placa se o nosso cão é tão pequeno?
Joãozinho respondeu:
- Ora mãe, por isso mesmo: para ninguém pisar nele.


(Tira):









Gabriela Pessoa e Marcela Barreto   9E

Nenhum comentário:

Postar um comentário