Ironia no poema de Álvares de Azevedo.
Em o poema “É ela! É ela! É ela! É ela”, Álvares de Azevedo aborda o
tema da paixão impossível, da mulher inalcançável, do amor sem limites.
Todavia, o autor, como bom conhecedor daquilo que escrevia, zomba dos
próprios ditames românticos byronistas dos quais ele lançou mão para
escrever outros poemas. Assim, encontra-se, nos versos, um sujeito
lírico, cuja musa é uma pobre trabalhadora, que veste vestidos de chita,
um pano barato. A mulher retratada no poema, diferentemente, das outras
que aparecem noutros versos do autor, é uma lavadeira que ronca ao
dormir. Ela não lembra em nada as donzelas frágeis, que se assemelham a
anjos, dos poemas românticos.
O eu-lírico segue ironizando a paixão platonica e sua musa, uma vez
que rouba dos seios dela um bilhete que na estrofe seguinte, ele
descobrirá que se trata de uma lista de roupas sujas. O interessante é
que nas 6 e 7, tem-se a criação duma expectativa de que o papel poderia
trazer um poema; porém, como já foi dito, há somente uma lista sobre
roupas sujas.
Marcela barreto e Gabriela Pessoa - 9 ano 'e'
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