sexta-feira, 15 de junho de 2012

Comparar as poesias “Lembrança de morrer” e “O poeta moribundo” e comentar as diferenças que há entre elas no modo de encarar a morte.
  

 Na poesia ‘’Lembrança de morrer’’, o autor pede para que ninguém sofra com sua morte, que ninguém deixe de ficar alegre por causa da chegada de sua morte, e que deixa a vida como deixa o tédio e que só sentirá falta de certas coisas, como seu pai. E na poesia ‘’O poeta moribundo’’Álvares de Azevedo pede  para que eles aproveitem seu corpo já sem vida, e ele demonstra um certo medo da morte, e tenta parar esse medo.

 Gabriela Pessoa e Marcela Barreto     9E

Análise do poema "Idéias Íntimas"


O poema fala sobre a solidão que o autor sente na sua diária rotina e é nessa hora que o romantismo se mostra no poema, com sua dramaticidade e melancolismo na qual o autor vai relatando sua rotina. Por isso que o poema é considerado romantico.

Gabriela Pessoa e Marcela Barreto  9E

Antítese personificada


Antítese personificada


Antítese É a aproximação de palavras ou expressões que exprimem idéias contrárias, adversas.

Personificação
É a atribuição de características humanas a seres não-humanos.

ou seja a  Antítese personificada é uma Antítese com características de personificação.
Beatriz Galieta e Beatriz Barreto 9e.

texto humorístico e texto satírico

O texto humorístico fala com um humor leve e claro, já o texto satírico fala de uma maneira pesada, contraria e requer o certo conhecimento do tema abordado e por não ser muito claro nem todos entendem.  Beatriz Galieta e Beatriz Barreto 9e.


O poema "Lembrança de Morrer"fala da morte com o sentimento de dor e perda, fala da alma e dos desejos de amor que nunca poderão ser realizados e "O Poeta Moribundo" fala da morte com o asp´pecto físico, coisas ruins que acontecem com nosso corpo quando morremos, como algo natural , sem dor sem sofrimento.
 Beatriz Galieta e Beatriz Barreto 9e.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e Junqueira Freire.

Um exemplo de obra de Fagundes Varela : 

Cântico do Calvário 

Eras na vida a pomba predileta
Que sobre um mar de angústias conduzia
O ramo da esperança. — Eras a estrela
Que entre as névoas do inverno cintilava
Apontando o caminho ao pegureiro.
Eras a messe de um dourado estio.
Eras o idílio de um amor sublime.
Eras a glória, — a inspiração, — a pátria,
O povir de teu pai! — Ah! no entanto,
Pomba, — varou-te a flecha do destino!
Astro, — engoliu-te o temporal do norte!
Teto, — caíste! — Crença, já não vives!

Correi, correi, ó lágrimas saudosas,
Legado acerbo da ventura extinta,
Dúbios archotes que a tremer clareiam
A lousa fria de um sonhar que é morto!
Correi! Um dia vos verei mais belas
Que os diamantes de Ofir e de Golgonda
Fulgurar na coroa de martírios
Que me circunda a fronte cismadora!
São mortos para mim da noite os fachos,
Mas Deus vos faz brilhar, lágrimas santas,
E à vossa luz caminharei nos ermos!
Estrelas do sofrer, — gotas de mágoa,
Brando orvalho do céu! — Sede benditas!
Ó filho de minh'alma! Última rosa
Que neste solo ingrato vicejava!
Minha esperança amargamente doce!
Quando as garças vierem do ocidente,
Buscando um novo clima onde pousarem,
Não mais te embalarei sobre os joelhos,
Nem de teus olhos no cerúleo brilho
Acharei um consolo a meus tormentos!
Não mais invocarei a musa errante

(...)

Ouço o tanger monótono dos sinos,
E cada vibração contar parece
As ilusões que murcham-se contigo!
Escuto em meio de confusas vozes,
Cheias de frases pueris, estultas,
O linho mortuário que retalham
Para envolver teu corpo! Vejo esparsas
Saudades e perpétuas, — sinto o aroma
Do incenso das igrejas, — ouço os cantos
Dos ministros de Deus que mem repetem
Que não és mais da terra!... E choro embalde!...

Mas não! Tu dormes no infinito seio
Do Criador dos seres! Tu me falas
Na voz dos ventos, no chorar das aves
Talvez das ondas no respiro flébil!
Tu me contemplas lá do céu, quem sabe,
No vulto solitário de uma estrela.
E são teus raios que meu estro aquecem!
Pois bem! Mostra-me as voltas do caminho!
Brilha e fulgura no azulado manto,
Mas não te arrojes, lágrima da noite
Nas ondas nebulosas do ocidente!
Brilha e fulgura! Quando a morte fria
Sobre mim sacudir o pó das asas,
Escada de Jacó serão teus raios
Por onde asinha subirá minh'alma.

Um exemplo da obra de Casimiro de Abreu:
 Sonhando
Um dia, oh linda, embalada
Ao canto do gondoleiro,
Adormeceste inocente
No teu delírio primeiro,
- Por leito o berço das ondas,
Meu colo por travesseiro!

Eu, pensativo, cismava
Nalgum remoto desgosto,
Avivado na tristeza
Que a tarde tem, ao sol-posto,
E ora mirava as nuvens,
Ora fitava teu rosto.

Sonhavas então, querida,
E presa de vago anseio
Debaixo das roupas brancas
Senti bater o teu seio,
E meu nome num soluço
À flor dos lábios te veio!

Tremeste como a tulipa
Batida do vento frio...
Suspiraste como a folha
Da brisa ao doce cicio...
E abriste os olhos sorrindo
Às águas quietas do rio!

Depois - uma vez - sentados
Sob a copa do arvoredo,
Falei-te desse soluço
Que os lábios abriu-te a medo...
- Mas tu, fugindo, guardaste
Daquele sonho o segredo!...


Junqueira Freire

Soneto

Eu passava na vida errante e vago
Como o nauta perdido em noite escura,
Mas tu te ergueste peregrina e pura
Como o cisne inspirado em manso lago,

Beijava a onda, num soluço mago,
Das moles plumas a brilhante alvura,
E a voz ungida de eternal doçura
Roçava as nuvens em divino afago.

Vi-te; e nas chamas de fervor profundo
A teus pés afoguei a mocidade
Esqueci de mim, de Deus, do mundo ! ...

Mas ai! Cedo Fugiste ! ... da saudade,
Hoje te imploro desse amor tão fundo
Uma idéia, uma queixa, uma saudade!


O que essas poesias tem em comum com Álvares de Azevedo é que elas apresentam o romantismo bem ''clássico'' um exagero todo nesse amor e a mesma delicadeza de como Álvares de Azevedo escrevia.

Marcela Barreto e Gabriela Pessoa - 9 ano 'e'

Sátira e Textos humorísticos

 Sátira: É uma técnica literária ou artística que ridiculariza um determinado tema (indivíduos, organizações, estados), geralmente como forma de intervenção política ou outra, com o objectivo de provocar ou evitar uma mudança. O adjectivo satírico refere-se ao autor da sátira.

Textos humorísticos: São textos que fazem as pessoas rirem muito,contém muita ironia.

A grande diferença,é que os dois podem até ser engraçados,porém a sátira faz como se fosse uma crítica,a alguma coisa,já o texto humorístico só tem como ''função'' ser mesmo engraçado.


EXEMPLO DE SÁTIRA:
Um dos problemas que mais assolam o continente africano e não só é a intolerância étnica e tribal. Quantas guerras não assistimos por este mundo fora motivadas por esse tipo de prejuízos?
Daí que não admira que neste meu Moçambique democrático seja perigosíssimo propor um camarada duma dada etnia para dirigir o município de uma outra. Digo perigoso, porque sou muito susceptível e fico «em cacos» quando certos tipos põem-se a escrever coisas muito feias e ofensivas a meu respeito, do género «o senhor sofre de uma diarreia mental», insultos estes que, para um país cuja população é maioritariamente jovem, deveriam ser evitadas.
Por esse motivo, no meu partido, ao elegermos um cidadão da etnia macua para dirigir o município da cidade de Maputo, predominantemente de rongas, decidimos camuflar a sua proveniência étnica.
Entretanto, havia ainda um pequeno probleminha e cabia mim, o presidente do partido, anfitrião e fornecedor de chás, arranjar-lhe solução: o nosso candidato, de nome Januário José, como qualquer macua de raiz, trocava os «vs» pelos «fs», os «ds» pelos «ts», os «bs» pelos «ps», e por aí em diante. Por exemplo, enquanto que para nós «o dedo da Lila dói», para os macuas «o teto ta Lila tói». Mais: eles, na latrina, «tefecam», não fazem como nós.
Felizmente, o meu cérebro é exactamente o antónimo do dos outros políticos, ou seja, não serve apenas para plantar cabelo, mas também para me ajudar nos momentos efervescentes; por isso lá consegui segregar uma solução: durante uma semana, submeti o meu camarada a aulas de 24 horas cada uma, ensinando-lhe sobre as diferenças entre o «b» e o «p» e etc., procurando sobretudo persuadir-lhe que os portugueses não se tinham enganado na escolha dos sons para aquelas consoantes. Após incansável trabalho, achei-o finalmente apto a fazer um ensaio de discurso perante os restantes dignitários do meu partido.
Só que, como nos ensina o Fidel Castro, neste mundo não podemos confiar nem na nossa própria sombra: Januário José envergonhou-me maningue: se já não dizia «tefecar»; fazia uma espécie de vice-versa: «devegar». Ou então: «vamos ganhar aos vilhos da buda!».
Tive pois que mudar de «medodologia», quero dizer, metodologia. Em vez de lhe gritar «burro» passei a dizer «bpurro», isto é, misturando os sons. O método funcionou em pleno, e ao fim de algum tempo, o tipo já conseguia falar decentemente.
Mas, se é verdade que cada homem tem na terra sua cruz para carregar, não será menos verdade que a mim cabia uma bem pesada. Imaginem vocês a minha desilusão quando no dia em que o íamos inscrever – e ao partido – na Comissão Nacional de Eleições, ao pedi-lo para assinar aquela papelada toda, descobri que o problema lhe tinha passado para as mãos. Onde já se viu alguém chamar-se «Xanuário Xossé»? Nem os aborígenes têm nomes desses!
Tive então que recorrer à minha maior virtude: a paciência. Sim, sou um tipo paciente eu, inclusive sou capaz de ficar anos e anos sem pagar uma dívida. Por isso, continuei a ministrar-lhe as lições, Só  mudei de conteúdo da lição: desta vez, dei-lhe umas aulas práticas sobre como os homens respiravam antes do oxigénio ser descoberto.
Vimo-nos, entretanto, na contingência de, à última hora, lançar um candidato de proveniência étnica ronga como nosso candidato municipal, apesar do facto, unanimemente aceite como verídico, de que os seus profundos conhecimentos de administração circunscrevem-se apenas à contabilidade dos copos de cerveja. Incrível: o tipo ainda hoje se lembra de quantos copos bebeu na manhã do dia nove de Fevereiro de 1964, uma data sem registo especial no calendário histórico do país.



EXEMPLO DE TEXTOS HUMORÍSTICOS (exemplo a piada):
Joãozinho botou uma placa na porta de casa dizendo “CUIDADO COM O CÃO”.
Aí a mãe dele viu e disse:
- Meu filho, por que você está colocando esta placa se o nosso cão é tão pequeno?
Joãozinho respondeu:
- Ora mãe, por isso mesmo: para ninguém pisar nele.


(Tira):









Gabriela Pessoa e Marcela Barreto   9E


Fagundes Varela
Noturnas (1861)
O Estandarte Auriverde (1863)
Vozes da América (1864)
Cantos e Fantasias (1865)
Cantos Meridionais (1869)
Cantos do Ermo e da Cidade (1869)
Anchieta ou o Evangelho na Selva (1875)
Cantos Religiosos (1878)
Diário de Lázaro (1880)
Poesias Completas (1956)

Casimiro de Abreu
Camões e o Jaú (1856)
As Primaveras (1859)
Obras Completas (1940)
Poesias Completas (1948)
Obras de C. A. (1999)

Junqueira Freire
Inspirações do Claustro, 1855
Contradições poéticas
Tratado de eloqüência nacional
Ambrósio
Fagundes Varela - Noturnas (1861)

Minh'alma é como um deserto
Por onde romeiro incerto
Procura uma sombra em vão;
É como a ilha maldita
Que sobre as vagas palpita
Queimada por um vulcão!

Minh'alma é como a serpente
Que se torce ébria e demente
De vivas chamas no meio;
É como a doida que dança
Sem mesmo guardar lembrança
Do cancro que rói-lhe o seio!

Minh'alma é como o rochedo
Donde o abutre e o corvo tredo
Motejam dos vendavais;
Coberto de atros matizes,
Lavrado das cicatrizes
Do raio, nos temporais!

Nem uma luz de esperança,
Nem um sopro de bonança
Na fronte sinto passar!
Os invernos me despiram,
E as ilusões que fugiram
Nunca mais hão de voltar!

Tombam as selvas frondosas,
Cantam as aves mimosas
As nênias da viuvez;
Tudo, tudo, vai finando,
Mas eu pergunto chorando:
Quando será minha vez?

No véu etéreo os planetas,
No casulo as borboletas
Gozam da calma final;
Porém meus olhos cansados
São, a mirar, condenados
Dos seres o funeral!

Quero morrer! Este mundo
Com seu sarcasmo profundo
Manchou-me de lodo e fel!
Minha esperança esvaiu-se,
Meu talento consumiu-se
Dos martírios ao tropel!

Quero morrer! Não é crime
O fardo que me comprime
Dos ombros lançá-lo ao chão;
Do pó desprender-me rindo
E, as asas brancas abrindo,
Perder-me pela amplidão!

Vem, oh! morte! A turba imunda
Em sua ilusão profunda
Te odeia, te calunia,
Pobre noiva tão formosa
Que nos espera amorosa
No termo da romaria!
Virgens, anjos e crianças,
Coroadas de esperanças,
Dobram a fronte a teus pés!
Os vivos vão repousando!
E tu me deixas chorando!
Quando virá minha vez?

Minh'alma é como um deserto
Por onde o romeiro incerto
Procura uma sombra em vão;
É como a ilha maldita
Que sobre as vagas palpita
Queimada por um vulcão!
Desejo - Casimiro de Abreu


Se eu soubesse que no mundo
Existia um coração,
Que só' por mim palpitasse
De amor em terna expansão;
Do peito calara as mágoas,
Bem feliz eu era então!

Se essa mulher fosse linda
Como os anjos lindos são,
Se tivesse quinze anos,
Se fosse rosa em botão,
Se inda brincasse inocente
Descuidosa no gazão;

Se tivesse a tez morena,
Os olhos com expressão,
Negros, negros, que matassem,
Que morressem de paixão,
Impondo sempre tiranos
Um jugo de sedução;

Se as tranças fossem escuras,
Lá castanhas é que não,
E que caíssem formosas
Ao sopro da viração,
Sobre uns ombros torneados,
Em amável confusão;

Se a fronte pura e serena
Brilhasse d'inspiração,
Se o tronco fosse flexível
Como a rama do chorão,
Se tivesse os lábios rubros,
Pé pequeno e linda mão;

Se a voz fosse harmoniosa
Como d'harpa a vibração,
Suave como a da rola
Que geme na solidão,
Apaixonada e sentida
Como do bardo a canção;

E se o peito lhe ondulasse
Em suave ondulação,
Ocultando em brancas vestes
Na mais branda comoção
Tesouros de seios virgens,
Dois pomos de tentação;

E se essa mulher formosa
Que me aparece em visão,
Possuísse uma alma ardente,
Fosse de amor um vulcão;
Por ela tudo daria...
— A vida, o céu, a razão!


Morte (Hora de Delírio) - Junqueira Freire
  
Pensamento gentil de paz eterna
Amiga morte, vem. Tu és o termo
De dous fantasmas que a existência formam,
— Dessa alma vã e desse corpo enfermo.

Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és o nada,
Tu és a ausência das moções da vida,
do prazer que nos custa a dor passada.

Pensamento gentil de paz eterna
Amiga morte, vem. Tu és apenas
A visão mais real das que nos cercam,
Que nos extingues as visões terrenas.

Nunca temi tua destra,
Não vou o vulgo profano;
Nunca pensei que teu braço
Brande um punhal sobr'humano.

Nunca julguei-te em meus sonhos
Um esqueleto mirrado;
Nunca dei-te, pra voares,
Terrível ginete alado.

Nunca te dei uma foice
Dura, fina e recurvada;
Nunca chamei-te inimiga,
Ímpia, cruel, ou culpada.

Amei-te sempre: — pertencer-te quero
Para sempre também, amiga morte.
Quero o chão, quero a terra, - esse elemento
Que não se sente dos vaivens da sorte.

Para tua hecatombe de um segundo
Não falta alguém? — Preencha-a comigo:
Leva-me à região da paz horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me contigo.

Miríades de vermes lá me esperam
Para nascer de meu fermento ainda,
Para nutrir-se de meu suco impuro,
Talvez me espera uma plantinha linda.

Vermes que sobre podridões refervem,
Plantinha que a raiz meus ossos fera,
Em vós minha alma e sentimento e corpo
Irão em partes agregar-se à terra.

E depois nada mais. Já não há tempo,
nem vida, nem sentir, nem dor, nem gosto.
Agora o nada — esse real tão belo
Só nas terrenas vísceras deposto.

Facho que a morte ao lumiar apaga,
Foi essa alma fatal que nos aterra.
Consciência, razão, que nos afligem,
Deram em nada ao baquear em terra.

Única idéia mais real dos homens,
Morte feliz — eu quero-te comigo,
Leva-me à região da paz horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me contigo.

Também desta vida à campa
Não transporto uma saudade.
Cerro meus olhos contente
Sem um ai de ansiedade.

E como um autômato infante
Que ainda não sabe mentir,
Ao pé da morte querida
Hei de insensato sorrir.

Por minha face sinistra
Meu pranto não correrá.
Em meus olhos moribundos
Terrores ninguém lerá.

Não achei na terra amores
Que merecessem os meus.
Não tenho um ente no mundo
A quem diga o meu - adeus.

Não posso da vida à campa
Transportar uma saudade.
Cerro meus olhos contente
Sem um ai de ansiedade.

Por isso, ó morte, eu amo-te e não temo:
Por isso, ó morte, eu quero-te comigo.
Leva-me à região da paz horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me contigo.

 Beatriz Galieta e Beatriz Barreto 9E



''É ela! É ela! É ela! É ela!”

Ironia no poema de Álvares de Azevedo.
Em o poema “É ela! É ela! É ela! É ela”, Álvares de Azevedo aborda o tema da paixão impossível, da mulher inalcançável, do amor sem limites. Todavia, o autor, como bom conhecedor daquilo que escrevia, zomba dos próprios ditames românticos byronistas dos quais ele lançou mão para escrever outros poemas. Assim, encontra-se, nos versos, um sujeito lírico, cuja musa é uma pobre trabalhadora, que veste vestidos de chita, um pano barato. A mulher retratada no poema, diferentemente, das outras que aparecem noutros versos do autor, é uma lavadeira que ronca ao dormir. Ela não lembra em nada as donzelas frágeis, que se assemelham a anjos, dos poemas românticos.
O eu-lírico segue ironizando a paixão platonica e sua musa, uma vez que rouba dos seios dela um bilhete que na estrofe seguinte, ele descobrirá que se trata de uma lista de roupas sujas. O interessante é que nas 6 e 7, tem-se a criação duma expectativa de que o papel poderia trazer um poema; porém, como já foi dito, há somente uma lista sobre roupas sujas.


Marcela barreto e Gabriela Pessoa - 9 ano 'e'

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A música popular romântica hoje


(I've Had) The Time Of My Life
Now I've had the time of my life
No, I never felt like this before
Yes, I swear it's the true
And I owe it all to you
'Cause I've had the time of my life
And I owe it all to you

 

(Eu tive) o melhor momento da minha vida
Agora eu tive o melhor momento da minha vida
Não, eu nunca me senti assim antes
Sim, eu juro, é verdade
E devo tudo a você
Porque eu tive o melhor momento da minha vida
E devo tudo a você

As musica atuais são muito exageradas, falam de uma amor impossível ou de um amor perdido, mas não com muita dor como as de antigamente. 


Beatriz Barreto e Beatriz Galieta 9e

A música romântica


QUEM SÃO
 
Ludwig Van Beethoven conviveu com a música clássica desde a infância, pois seu pai era professor de música e tenor na corte de Bonn. Beethoven viveu uma época de transição musical, entre a era clássica e a romântica.
Uma de suas obras mais conhecidas é a 9ª Sinfonia, que até os dias de hoje, é tocada em várias situações. Ao lado de Bach e Mozart, Beethoven considerado um dos grandes compositores de música clássica de todos os tempos.

Franz Peter Schubert compositor austríaco do fim da era clássica, com um estilo marcante, inovador e poético romântico. Escreveu cerca de seiscentas canções, bem como óperas, sinfonias, entre outros trabalhos. Não houve grande reconhecimento público da sua obra durante sua curta vida; teve sempre dificuldade em assegurar um emprego permanente, vivendo muitas vezes à custa de amigos e do trabalho que o pai lhe dava. Morreu sem quaisquer recursos financeiros com a idade de 31 anos. Hoje, o seu estilo considerado por muitos como imaginativo, lírico e melódico, considerado um dos maiores compositores do século XIX, marcando a passagem do estilo clássico para o romântico.

Robert Alexander Schumann filho de bibliotecário, Schumann, pode descobrir com facilidade a obra de Shakespeare, verdadeiro emblema para os jovens que se rebelavam contra a ortodoxia do Classicismo. Lendo também á obra mais atual de Lord Byron e também outros autores.

Frédéric François Chopin pianista francês nascido na Polonia e compositor para piano da era romântica. É amplamente conhecido como um dos maiores compositores para piano e um dos pianistas mais importantes da história. Sua técnica refinada e sua elaboração harmônica vêm sendo comparadas historicamente com as de outros gênios da música, como Mozart e Beethoven, assim como sua duradoura influência na música até os dias de hoje.

Franz Liszt foi um compositor e pianista húngaro do Romantismo. Liszt foi famoso pela genialidade de sua obra, pelas suas revoluções ao estilo musical da época e por ter elevado técnica, a níveis nunca antes imaginados. Ainda hoje é considerado um dos maiores pianistas de todos os tempos, em especial pela contribuição que deu ao desenvolvimento da técnica do instrumento.

Todos possuem composições co estilo romântico  com técnica refinada, e características  exageradas, imaginativas, lírico e melódico,e todos esses compositores apresentam grande influência na música até os dias de hoje.



Beatriz Barreto e Beatriz Galieta 9e



Álvares de Azevedo


Manuel Antônio Álvares de Azevedo, nasceu aos 12 de setembro de 1831, em São Paulo. Matriculou-se no curso de Direito em 1848 e deu início à produção literária, ao passo que começou a sentir os primeiros sintomas de tuberculose.

Alguns dizem que o autor teve uma vida boêmia e para outros, uma vida casta. Contudo, suas poesias mostram uma idéia fixa em sua própria morte, provavelmente por saber do estado de saúde em que se encontrava. Entretanto, o poeta também passou pela experiência da morte prematura do irmão e de seus colegas de faculdade.

Inspirado pela literatura de Lord Byron e Musset, Álvares de Azevedo impregnou suas poesias com ares sarcásticos e irônicos e com idéias de autodestruição, morte, dor e de uma visão de amor irreal e idealizado por donzelas virgens. Além disso, seus poemas de temáticas de frustração e sofrimento ganham um ar melancólico por lembranças da infância, da mãe e da irmã.

Álvares de Azevedo parecia viver uma dualidade de sentimentos que são transpassadas para sua literatura: ora é meigo e sentimental, ora é mordaz (destrutivo satírico e trágico) Por ter o pessimismo como âncora de seus poemas, foi considerado o responsável pelo “mal do século”, caracterizado pelo sentimento melancólico e pelo desencanto.

Em 1851, a idéia de que a morte era certeira em sua vida, começou a escrever cartas à mãe, à irmã e aos amigos certificando-os do seu inevitável destino.

Sua temática voltada à morte pode ser considerada também como um refúgio, uma fuga da realidade conturbada que vivia e da relação com o mundo que o cercava, o qual lhe dava sensação de impotência.
O poeta desejou tanto a morte que morreu ainda jovem, aos 20 anos, a 25 de abril de 1852.

Beatriz Barreto e Beatriz Galieta 9e
Álvares de Azevedo

Filho de Inácio Manuel Álvarez de Azevedo e Maria Luísa Mota Azevedo, ele passou a infância no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos. Voltou a São Paulo em 1847  para estudar na  Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde desde logo ganhou fama por brilhantes e precoces produções literárias. Destacou-se pela facilidade de aprender línguas e pelo espírito jovial e sentimental.Durante o curso de Direito traduziu o quinto ato de Otelo, de Shakespeare; traduziu Parisina, de Lord Byron; fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano em 1849 e fez parte da Sociedade Epicureia, iniciou o poema épico O Conde Lopo, do qual só restaram fragmentos.Não concluiu o curso, pois foi acometido de uma tuberculose pulmonar nas férias de 1851 a 1852, a qual foi agravada por um tumor na fossa ilíaca, ocasionado por uma queda de cavalo, falecendo muito cedo, aos 21 anos.Suas obras: Lira dos Vinte Anos,Noite na Taverna (uma prosa) e o Conde Lopo,um poema inédito.

 

Antítese personificada

A ironia é um traço constante na obra de Álvares de Azevedo e é uma forma não passiva de ver a realidade, de abalar as convenções do mundo burguês.Em determinados aspectos, a poesia de Álvares de Azevedo se assemelha a alguns poetas do século XX, como a ironia na poesia de Carlos Drummond de Andrade e o cotidiano na de Manuel Bandeira.

Gabriela Pessoa e Marcela Barreto- 9 ano 'e'