sexta-feira, 15 de junho de 2012
Análise do poema "Idéias Íntimas"
O poema fala sobre a solidão que o autor sente na sua diária rotina e é nessa hora que o romantismo se mostra no poema, com sua dramaticidade e melancolismo na qual o autor vai relatando sua rotina. Por isso que o poema é considerado romantico.
Gabriela Pessoa e Marcela Barreto 9E
Antítese personificada
Antítese personificada
Antítese É a
aproximação de palavras ou expressões que exprimem idéias contrárias, adversas.
Personificação É a atribuição de características humanas a seres não-humanos.
ou seja a Antítese personificada é uma Antítese com características de personificação.
Beatriz Galieta e Beatriz Barreto 9e.
texto humorístico e texto satírico
O texto humorístico fala com um humor leve e claro, já o texto satírico fala de uma maneira pesada, contraria e requer o certo conhecimento do tema abordado e por não ser muito claro nem todos entendem. Beatriz Galieta e Beatriz Barreto 9e.
O poema "Lembrança de Morrer"fala da morte com o sentimento de dor e perda, fala da alma e dos desejos de amor que nunca poderão ser realizados e "O Poeta Moribundo" fala da morte com o asp´pecto físico, coisas ruins que acontecem com nosso corpo quando morremos, como algo natural , sem dor sem sofrimento.
Beatriz Galieta e Beatriz Barreto 9e.
Beatriz Galieta e Beatriz Barreto 9e.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e Junqueira Freire.
Um exemplo de obra de Fagundes Varela :
Cântico do CalvárioEras na vida a pomba predileta
Que sobre um mar de angústias conduzia
O ramo da esperança. — Eras a estrela
Que entre as névoas do inverno cintilava
Apontando o caminho ao pegureiro.
Eras a messe de um dourado estio.
Eras o idílio de um amor sublime.
Eras a glória, — a inspiração, — a pátria,
O povir de teu pai! — Ah! no entanto,
Pomba, — varou-te a flecha do destino!
Astro, — engoliu-te o temporal do norte!
Teto, — caíste! — Crença, já não vives!
Correi, correi, ó lágrimas saudosas,
Legado acerbo da ventura extinta,
Dúbios archotes que a tremer clareiam
A lousa fria de um sonhar que é morto!
Correi! Um dia vos verei mais belas
Que os diamantes de Ofir e de Golgonda
Fulgurar na coroa de martírios
Que me circunda a fronte cismadora!
São mortos para mim da noite os fachos,
Mas Deus vos faz brilhar, lágrimas santas,
E à vossa luz caminharei nos ermos!
Estrelas do sofrer, — gotas de mágoa,
Brando orvalho do céu! — Sede benditas!
Ó filho de minh'alma! Última rosa
Que neste solo ingrato vicejava!
Minha esperança amargamente doce!
Quando as garças vierem do ocidente,
Buscando um novo clima onde pousarem,
Não mais te embalarei sobre os joelhos,
Nem de teus olhos no cerúleo brilho
Acharei um consolo a meus tormentos!
Não mais invocarei a musa errante
(...)
Ouço o tanger monótono dos sinos,
E cada vibração contar parece
As ilusões que murcham-se contigo!
Escuto em meio de confusas vozes,
Cheias de frases pueris, estultas,
O linho mortuário que retalham
Para envolver teu corpo! Vejo esparsas
Saudades e perpétuas, — sinto o aroma
Do incenso das igrejas, — ouço os cantos
Dos ministros de Deus que mem repetem
Que não és mais da terra!... E choro embalde!...
Mas não! Tu dormes no infinito seio
Do Criador dos seres! Tu me falas
Na voz dos ventos, no chorar das aves
Talvez das ondas no respiro flébil!
Tu me contemplas lá do céu, quem sabe,
No vulto solitário de uma estrela.
E são teus raios que meu estro aquecem!
Pois bem! Mostra-me as voltas do caminho!
Brilha e fulgura no azulado manto,
Mas não te arrojes, lágrima da noite
Nas ondas nebulosas do ocidente!
Brilha e fulgura! Quando a morte fria
Sobre mim sacudir o pó das asas,
Escada de Jacó serão teus raios
Por onde asinha subirá minh'alma.
Um exemplo da obra de Casimiro de Abreu:
Sonhando
Um dia, oh linda, embaladaAo canto do gondoleiro,
Adormeceste inocente
No teu delírio primeiro,
- Por leito o berço das ondas,
Meu colo por travesseiro!
Eu, pensativo, cismava
Nalgum remoto desgosto,
Avivado na tristeza
Que a tarde tem, ao sol-posto,
E ora mirava as nuvens,
Ora fitava teu rosto.
Sonhavas então, querida,
E presa de vago anseio
Debaixo das roupas brancas
Senti bater o teu seio,
E meu nome num soluço
À flor dos lábios te veio!
Tremeste como a tulipa
Batida do vento frio...
Suspiraste como a folha
Da brisa ao doce cicio...
E abriste os olhos sorrindo
Às águas quietas do rio!
Depois - uma vez - sentados
Sob a copa do arvoredo,
Falei-te desse soluço
Que os lábios abriu-te a medo...
- Mas tu, fugindo, guardaste
Daquele sonho o segredo!...
Junqueira Freire
Soneto
Eu passava na vida errante e vagoComo o nauta perdido em noite escura,
Mas tu te ergueste peregrina e pura
Como o cisne inspirado em manso lago,
Beijava a onda, num soluço mago,
Das moles plumas a brilhante alvura,
E a voz ungida de eternal doçura
Roçava as nuvens em divino afago.
Vi-te; e nas chamas de fervor profundo
A teus pés afoguei a mocidade
Esqueci de mim, de Deus, do mundo ! ...
Mas ai! Cedo Fugiste ! ... da saudade,
Hoje te imploro desse amor tão fundo
Uma idéia, uma queixa, uma saudade!
O que essas poesias tem em comum com Álvares de Azevedo é que elas apresentam o romantismo bem ''clássico'' um exagero todo nesse amor e a mesma delicadeza de como Álvares de Azevedo escrevia.
Marcela Barreto e Gabriela Pessoa - 9 ano 'e'
Sátira e Textos humorísticos
Sátira: É uma técnica literária ou artística que ridiculariza um
determinado tema (indivíduos, organizações, estados), geralmente como
forma de intervenção política ou outra, com o objectivo de provocar ou
evitar uma mudança. O adjectivo satírico refere-se ao autor da sátira.
Textos humorísticos: São textos que fazem as pessoas rirem muito,contém muita ironia.
A grande diferença,é que os dois podem até ser engraçados,porém a sátira faz como se fosse uma crítica,a alguma coisa,já o texto humorístico só tem como ''função'' ser mesmo engraçado.
EXEMPLO DE SÁTIRA:
EXEMPLO DE TEXTOS HUMORÍSTICOS (exemplo a piada):
(Tira):
Gabriela Pessoa e Marcela Barreto 9E
Textos humorísticos: São textos que fazem as pessoas rirem muito,contém muita ironia.
A grande diferença,é que os dois podem até ser engraçados,porém a sátira faz como se fosse uma crítica,a alguma coisa,já o texto humorístico só tem como ''função'' ser mesmo engraçado.
EXEMPLO DE SÁTIRA:
Um dos problemas que mais assolam
o continente africano e não só é a intolerância étnica e tribal. Quantas guerras
não assistimos por este mundo fora motivadas por esse
tipo de prejuízos?
Daí que não admira que neste meu
Moçambique democrático seja perigosíssimo propor um camarada duma dada etnia
para dirigir o município de uma outra. Digo perigoso, porque sou muito
susceptível e fico «em cacos» quando certos tipos põem-se a escrever coisas
muito feias e ofensivas a meu respeito, do género «o senhor sofre de uma
diarreia mental», insultos estes que, para um país cuja população é
maioritariamente jovem, deveriam ser evitadas.
Por esse motivo, no meu partido,
ao elegermos um cidadão da etnia macua para dirigir o município da cidade de
Maputo, predominantemente de rongas, decidimos
camuflar a sua proveniência étnica.
Entretanto,
havia ainda um pequeno probleminha e cabia mim, o
presidente do partido, anfitrião e fornecedor de chás, arranjar-lhe solução: o
nosso candidato, de nome Januário José, como qualquer macua de raiz, trocava os
«vs» pelos «fs», os «ds» pelos «ts», os «bs» pelos «ps», e por aí em
diante. Por exemplo, enquanto que para nós «o dedo da Lila
dói», para os macuas «o teto ta Lila tói». Mais: eles, na latrina, «tefecam»,
não fazem como nós.
Felizmente, o meu cérebro é
exactamente o antónimo do dos outros políticos, ou seja, não serve apenas para
plantar cabelo, mas também para me ajudar nos momentos efervescentes; por isso
lá consegui segregar uma solução: durante uma semana, submeti o meu camarada a
aulas de 24 horas cada uma, ensinando-lhe sobre as diferenças entre o «b» e o «p» e etc., procurando
sobretudo persuadir-lhe que os portugueses não se tinham enganado na escolha
dos sons para aquelas consoantes. Após incansável trabalho, achei-o finalmente
apto a fazer um ensaio de discurso perante os restantes dignitários do meu
partido.
Só que, como nos ensina o Fidel Castro, neste mundo não podemos confiar nem na nossa
própria sombra: Januário José envergonhou-me maningue:
se já não dizia «tefecar»; fazia uma espécie de
vice-versa: «devegar». Ou então: «vamos ganhar aos vilhos da buda!».
Tive pois que mudar de «medodologia», quero dizer, metodologia. Em vez de lhe
gritar «burro» passei a dizer «bpurro», isto é,
misturando os sons. O método funcionou em pleno, e ao fim de algum tempo, o
tipo já conseguia falar decentemente.
Mas, se é verdade que cada homem
tem na terra sua cruz para carregar, não será menos verdade que a mim cabia uma
bem pesada. Imaginem vocês a minha desilusão quando no dia em que o íamos
inscrever – e ao partido – na Comissão Nacional de Eleições, ao pedi-lo para
assinar aquela papelada toda, descobri que o problema lhe tinha passado para as
mãos. Onde já se viu alguém chamar-se «Xanuário Xossé»? Nem os aborígenes têm nomes desses!
Tive então que recorrer à minha
maior virtude: a paciência. Sim, sou um tipo paciente eu,
inclusive sou capaz de ficar anos e anos sem pagar uma dívida. Por isso,
continuei a ministrar-lhe as lições, Só mudei de conteúdo da lição: desta vez,
dei-lhe umas aulas práticas sobre como os homens respiravam antes do oxigénio
ser descoberto.
Vimo-nos, entretanto, na contingência
de, à última hora, lançar um candidato de proveniência étnica ronga como nosso
candidato municipal, apesar do facto, unanimemente aceite como verídico, de que
os seus profundos conhecimentos de administração circunscrevem-se
apenas à contabilidade dos copos de cerveja. Incrível: o tipo ainda hoje se
lembra de quantos copos bebeu na manhã do dia nove de Fevereiro de 1964, uma
data sem registo especial no calendário histórico do país.
EXEMPLO DE TEXTOS HUMORÍSTICOS (exemplo a piada):
Joãozinho botou uma placa na porta de casa dizendo “CUIDADO COM O CÃO”.
Aí a mãe dele viu e disse:
- Meu filho, por que você está colocando esta placa se o nosso cão é tão pequeno?
Joãozinho respondeu:
- Ora mãe, por isso mesmo: para ninguém pisar nele.
Aí a mãe dele viu e disse:
- Meu filho, por que você está colocando esta placa se o nosso cão é tão pequeno?
Joãozinho respondeu:
- Ora mãe, por isso mesmo: para ninguém pisar nele.
(Tira):
Gabriela Pessoa e Marcela Barreto 9E
Fagundes Varela
Noturnas (1861)
O Estandarte Auriverde (1863)
Vozes da América (1864)
Cantos e Fantasias (1865)
Cantos Meridionais (1869)
Cantos do Ermo e da Cidade (1869)
Anchieta ou o Evangelho na Selva (1875)
Cantos Religiosos (1878)
Diário de Lázaro (1880)
Poesias Completas (1956)
O Estandarte Auriverde (1863)
Vozes da América (1864)
Cantos e Fantasias (1865)
Cantos Meridionais (1869)
Cantos do Ermo e da Cidade (1869)
Anchieta ou o Evangelho na Selva (1875)
Cantos Religiosos (1878)
Diário de Lázaro (1880)
Poesias Completas (1956)
Casimiro
de Abreu
Camões e o Jaú (1856)
As Primaveras (1859)
Obras Completas (1940)
Poesias Completas (1948)
Obras de C. A. (1999)
As Primaveras (1859)
Obras Completas (1940)
Poesias Completas (1948)
Obras de C. A. (1999)
Junqueira Freire
Inspirações do Claustro,
1855
Contradições poéticas
Tratado de eloqüência
nacional
Ambrósio
Fagundes Varela - Noturnas (1861)
Minh'alma é como um deserto
Por onde romeiro incerto
Procura uma sombra em vão;
É como a ilha maldita
Que sobre as vagas palpita
Queimada por um vulcão!
Minh'alma é como a serpente
Que se torce ébria e demente
De vivas chamas no meio;
É como a doida que dança
Sem mesmo guardar lembrança
Do cancro que rói-lhe o seio!
Minh'alma é como o rochedo
Donde o abutre e o corvo tredo
Motejam dos vendavais;
Coberto de atros matizes,
Lavrado das cicatrizes
Do raio, nos temporais!
Nem uma luz de esperança,
Nem um sopro de bonança
Na fronte sinto passar!
Os invernos me despiram,
E as ilusões que fugiram
Nunca mais hão de voltar!
Tombam as selvas frondosas,
Cantam as aves mimosas
As nênias da viuvez;
Tudo, tudo, vai finando,
Mas eu pergunto chorando:
Quando será minha vez?
No véu etéreo os planetas,
No casulo as borboletas
Gozam da calma final;
Porém meus olhos cansados
São, a mirar, condenados
Dos seres o funeral!
Quero morrer! Este mundo
Com seu sarcasmo profundo
Manchou-me de lodo e fel!
Minha esperança esvaiu-se,
Meu talento consumiu-se
Dos martírios ao tropel!
Quero morrer! Não é crime
O fardo que me comprime
Dos ombros lançá-lo ao chão;
Do pó desprender-me rindo
E, as asas brancas abrindo,
Perder-me pela amplidão!
Vem, oh! morte! A turba imunda
Em sua ilusão profunda
Te odeia, te calunia,
Pobre noiva tão formosa
Que nos espera amorosa
No termo da romaria!
Virgens, anjos e crianças,
Coroadas de esperanças,
Dobram a fronte a teus pés!
Os vivos vão repousando!
E tu me deixas chorando!
Quando virá minha vez?
Minh'alma é como um deserto
Por onde o romeiro incerto
Procura uma sombra em vão;
É como a ilha maldita
Que sobre as vagas palpita
Queimada por um vulcão!
Desejo - Casimiro de Abreu
Se eu soubesse que no mundo
Existia um coração,
Que só' por mim palpitasse
De amor em terna expansão;
Do peito calara as mágoas,
Bem feliz eu era então!
Se essa mulher fosse linda
Como os anjos lindos são,
Se tivesse quinze anos,
Se fosse rosa em botão,
Se inda brincasse inocente
Descuidosa no gazão;
Se tivesse a tez morena,
Os olhos com expressão,
Negros, negros, que matassem,
Que morressem de paixão,
Impondo sempre tiranos
Um jugo de sedução;
Se as tranças fossem escuras,
Lá castanhas é que não,
E que caíssem formosas
Ao sopro da viração,
Sobre uns ombros torneados,
Em amável confusão;
Se a fronte pura e serena
Brilhasse d'inspiração,
Se o tronco fosse flexível
Como a rama do chorão,
Se tivesse os lábios rubros,
Pé pequeno e linda mão;
Se a voz fosse harmoniosa
Como d'harpa a vibração,
Suave como a da rola
Que geme na solidão,
Apaixonada e sentida
Como do bardo a canção;
E se o peito lhe ondulasse
Em suave ondulação,
Ocultando em brancas vestes
Na mais branda comoção
Tesouros de seios virgens,
Dois pomos de tentação;
E se essa mulher formosa
Que me aparece em visão,
Possuísse uma alma ardente,
Fosse de amor um vulcão;
Por ela tudo daria...
— A vida, o céu, a razão!
Se eu soubesse que no mundo
Existia um coração,
Que só' por mim palpitasse
De amor em terna expansão;
Do peito calara as mágoas,
Bem feliz eu era então!
Se essa mulher fosse linda
Como os anjos lindos são,
Se tivesse quinze anos,
Se fosse rosa em botão,
Se inda brincasse inocente
Descuidosa no gazão;
Se tivesse a tez morena,
Os olhos com expressão,
Negros, negros, que matassem,
Que morressem de paixão,
Impondo sempre tiranos
Um jugo de sedução;
Se as tranças fossem escuras,
Lá castanhas é que não,
E que caíssem formosas
Ao sopro da viração,
Sobre uns ombros torneados,
Em amável confusão;
Se a fronte pura e serena
Brilhasse d'inspiração,
Se o tronco fosse flexível
Como a rama do chorão,
Se tivesse os lábios rubros,
Pé pequeno e linda mão;
Se a voz fosse harmoniosa
Como d'harpa a vibração,
Suave como a da rola
Que geme na solidão,
Apaixonada e sentida
Como do bardo a canção;
E se o peito lhe ondulasse
Em suave ondulação,
Ocultando em brancas vestes
Na mais branda comoção
Tesouros de seios virgens,
Dois pomos de tentação;
E se essa mulher formosa
Que me aparece em visão,
Possuísse uma alma ardente,
Fosse de amor um vulcão;
Por ela tudo daria...
— A vida, o céu, a razão!
Morte (Hora de Delírio) - Junqueira Freire
Pensamento gentil de paz eterna
Amiga morte, vem. Tu és o termo
De dous fantasmas que a
existência formam,
— Dessa alma vã e desse corpo
enfermo.
Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és o nada,
Tu és a ausência das moções da
vida,
do prazer que nos custa a dor
passada.
Pensamento gentil de paz eterna
Amiga morte, vem. Tu és apenas
A visão mais real das que nos
cercam,
Que nos extingues as visões
terrenas.
Nunca temi tua destra,
Não vou o vulgo profano;
Nunca pensei que teu braço
Brande um punhal sobr'humano.
Nunca julguei-te em meus sonhos
Um esqueleto mirrado;
Nunca dei-te, pra voares,
Terrível ginete alado.
Nunca te dei uma foice
Dura, fina e recurvada;
Nunca chamei-te inimiga,
Ímpia, cruel, ou culpada.
Amei-te sempre: — pertencer-te
quero
Para sempre também, amiga morte.
Quero o chão, quero a terra, -
esse elemento
Que não se sente dos vaivens da
sorte.
Para tua hecatombe de um segundo
Não falta alguém? — Preencha-a
comigo:
Leva-me à região da paz
horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me
contigo.
Miríades de vermes lá me esperam
Para nascer de meu fermento
ainda,
Para nutrir-se de meu suco
impuro,
Talvez me espera uma plantinha
linda.
Vermes que sobre podridões
refervem,
Plantinha que a raiz meus ossos
fera,
Em vós minha alma e sentimento e
corpo
Irão em partes agregar-se à
terra.
E depois nada mais. Já não há
tempo,
nem vida, nem sentir, nem dor,
nem gosto.
Agora o nada — esse real tão
belo
Só nas terrenas vísceras
deposto.
Facho que a morte ao lumiar
apaga,
Foi essa alma fatal que nos
aterra.
Consciência, razão, que nos
afligem,
Deram em nada ao baquear em
terra.
Única idéia mais real dos
homens,
Morte feliz — eu quero-te
comigo,
Leva-me à região da paz
horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me
contigo.
Também desta vida à campa
Não transporto uma saudade.
Cerro meus olhos contente
Sem um ai de ansiedade.
E como um autômato infante
Que ainda não sabe mentir,
Ao pé da morte querida
Hei de insensato sorrir.
Por minha face sinistra
Meu pranto não correrá.
Em meus olhos moribundos
Terrores ninguém lerá.
Não achei na terra amores
Que merecessem os meus.
Não tenho um ente no mundo
A quem diga o meu - adeus.
Não posso da vida à campa
Transportar uma saudade.
Cerro meus olhos contente
Sem um ai de ansiedade.
Por isso, ó morte, eu amo-te e
não temo:
Por isso, ó morte, eu quero-te
comigo.
Leva-me à região da paz
horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me contigo.
Beatriz Galieta e Beatriz Barreto 9E
''É ela! É ela! É ela! É ela!”
Ironia no poema de Álvares de Azevedo.
Em o poema “É ela! É ela! É ela! É ela”, Álvares de Azevedo aborda o tema da paixão impossível, da mulher inalcançável, do amor sem limites. Todavia, o autor, como bom conhecedor daquilo que escrevia, zomba dos próprios ditames românticos byronistas dos quais ele lançou mão para escrever outros poemas. Assim, encontra-se, nos versos, um sujeito lírico, cuja musa é uma pobre trabalhadora, que veste vestidos de chita, um pano barato. A mulher retratada no poema, diferentemente, das outras que aparecem noutros versos do autor, é uma lavadeira que ronca ao dormir. Ela não lembra em nada as donzelas frágeis, que se assemelham a anjos, dos poemas românticos.
O eu-lírico segue ironizando a paixão platonica e sua musa, uma vez que rouba dos seios dela um bilhete que na estrofe seguinte, ele descobrirá que se trata de uma lista de roupas sujas. O interessante é que nas 6 e 7, tem-se a criação duma expectativa de que o papel poderia trazer um poema; porém, como já foi dito, há somente uma lista sobre roupas sujas.
Marcela barreto e Gabriela Pessoa - 9 ano 'e'
Em o poema “É ela! É ela! É ela! É ela”, Álvares de Azevedo aborda o tema da paixão impossível, da mulher inalcançável, do amor sem limites. Todavia, o autor, como bom conhecedor daquilo que escrevia, zomba dos próprios ditames românticos byronistas dos quais ele lançou mão para escrever outros poemas. Assim, encontra-se, nos versos, um sujeito lírico, cuja musa é uma pobre trabalhadora, que veste vestidos de chita, um pano barato. A mulher retratada no poema, diferentemente, das outras que aparecem noutros versos do autor, é uma lavadeira que ronca ao dormir. Ela não lembra em nada as donzelas frágeis, que se assemelham a anjos, dos poemas românticos.
O eu-lírico segue ironizando a paixão platonica e sua musa, uma vez que rouba dos seios dela um bilhete que na estrofe seguinte, ele descobrirá que se trata de uma lista de roupas sujas. O interessante é que nas 6 e 7, tem-se a criação duma expectativa de que o papel poderia trazer um poema; porém, como já foi dito, há somente uma lista sobre roupas sujas.
Marcela barreto e Gabriela Pessoa - 9 ano 'e'
quarta-feira, 6 de junho de 2012
A música popular romântica hoje
(I've Had) The Time
Of My Life
Now I've
had the time of my lifeNo, I never felt like this before
Yes, I swear it's the true
And I owe it all to you
'Cause I've had the time of my life
And I owe it all to you
(Eu tive) o melhor momento da minha vida
Agora eu tive o melhor momento da minha vida
Não, eu nunca me senti assim antes
Sim, eu juro, é verdade
E devo tudo a você
Porque eu tive o melhor momento da minha vida
E devo tudo a você
Não, eu nunca me senti assim antes
Sim, eu juro, é verdade
E devo tudo a você
Porque eu tive o melhor momento da minha vida
E devo tudo a você
As musica atuais são muito exageradas, falam de uma
amor impossível ou de um amor perdido, mas não com muita dor como as de
antigamente.
Beatriz Barreto e Beatriz Galieta 9e
A música romântica
QUEM SÃO
Ludwig Van Beethoven conviveu com a música clássica desde a
infância, pois seu pai era professor de música e tenor na corte de Bonn.
Beethoven viveu uma época de transição musical, entre a era clássica e a
romântica.
Uma de suas obras mais conhecidas é a 9ª Sinfonia, que até os dias de hoje, é tocada em várias situações. Ao lado de Bach e Mozart, Beethoven considerado um dos grandes compositores de música clássica de todos os tempos.
Uma de suas obras mais conhecidas é a 9ª Sinfonia, que até os dias de hoje, é tocada em várias situações. Ao lado de Bach e Mozart, Beethoven considerado um dos grandes compositores de música clássica de todos os tempos.
Franz Peter Schubert
compositor austríaco do fim da era clássica, com um estilo marcante, inovador e
poético romântico. Escreveu cerca de seiscentas canções, bem como óperas, sinfonias,
entre outros trabalhos. Não houve grande reconhecimento público da sua obra
durante sua curta vida; teve sempre dificuldade em assegurar um emprego
permanente, vivendo muitas vezes à custa de amigos e do trabalho que o pai lhe
dava. Morreu sem quaisquer recursos financeiros com a idade de 31 anos. Hoje, o
seu estilo considerado por muitos como imaginativo, lírico e melódico, considerado
um dos maiores compositores do século XIX, marcando a passagem do estilo
clássico para o romântico.
Robert Alexander Schumann filho de bibliotecário, Schumann, pode
descobrir com facilidade a obra de Shakespeare, verdadeiro emblema para os
jovens que se rebelavam contra a ortodoxia do Classicismo. Lendo também á obra
mais atual de Lord Byron e também outros autores.
Frédéric François
Chopin pianista
francês nascido na Polonia e compositor para piano da era romântica. É
amplamente conhecido como um dos maiores compositores para piano e um dos
pianistas mais importantes da história. Sua técnica refinada e sua elaboração
harmônica vêm sendo comparadas historicamente com as de outros gênios da
música, como Mozart e Beethoven, assim como sua duradoura influência na música
até os dias de hoje.
Franz Liszt
foi um compositor e pianista húngaro do Romantismo. Liszt foi famoso pela
genialidade de sua obra, pelas suas revoluções ao estilo musical da época e por
ter elevado técnica, a níveis nunca antes imaginados. Ainda hoje é considerado
um dos maiores pianistas de todos os tempos, em especial pela contribuição que
deu ao desenvolvimento da técnica do instrumento.
Todos possuem composições co
estilo romântico com técnica refinada, e
características exageradas, imaginativas,
lírico e melódico,e todos esses compositores apresentam grande influência na
música até os dias de hoje.
Álvares de Azevedo
Manuel Antônio Álvares de Azevedo, nasceu aos
12 de setembro de 1831, em São Paulo. Matriculou-se no curso de Direito em
1848 e deu início à produção literária, ao passo que começou a sentir os
primeiros sintomas de tuberculose.
Alguns dizem que o autor teve uma vida boêmia e para outros, uma vida casta. Contudo, suas poesias mostram uma idéia fixa em sua própria morte, provavelmente por saber do estado de saúde em que se encontrava. Entretanto, o poeta também passou pela experiência da morte prematura do irmão e de seus colegas de faculdade.
Inspirado pela literatura de Lord Byron e Musset, Álvares de Azevedo impregnou suas poesias com ares sarcásticos e irônicos e com idéias de autodestruição, morte, dor e de uma visão de amor irreal e idealizado por donzelas virgens. Além disso, seus poemas de temáticas de frustração e sofrimento ganham um ar melancólico por lembranças da infância, da mãe e da irmã.
Álvares de Azevedo parecia viver uma dualidade de sentimentos que são transpassadas para sua literatura: ora é meigo e sentimental, ora é mordaz (destrutivo satírico e trágico) Por ter o pessimismo como âncora de seus poemas, foi considerado o responsável pelo “mal do século”, caracterizado pelo sentimento melancólico e pelo desencanto.
Em 1851, a idéia de que a morte era certeira em sua vida, começou a escrever cartas à mãe, à irmã e aos amigos certificando-os do seu inevitável destino.
Sua temática voltada à morte pode ser considerada também como um refúgio, uma fuga da realidade conturbada que vivia e da relação com o mundo que o cercava, o qual lhe dava sensação de impotência.
O poeta desejou tanto a morte que morreu ainda jovem, aos 20 anos, a 25 de abril de 1852.
Alguns dizem que o autor teve uma vida boêmia e para outros, uma vida casta. Contudo, suas poesias mostram uma idéia fixa em sua própria morte, provavelmente por saber do estado de saúde em que se encontrava. Entretanto, o poeta também passou pela experiência da morte prematura do irmão e de seus colegas de faculdade.
Inspirado pela literatura de Lord Byron e Musset, Álvares de Azevedo impregnou suas poesias com ares sarcásticos e irônicos e com idéias de autodestruição, morte, dor e de uma visão de amor irreal e idealizado por donzelas virgens. Além disso, seus poemas de temáticas de frustração e sofrimento ganham um ar melancólico por lembranças da infância, da mãe e da irmã.
Álvares de Azevedo parecia viver uma dualidade de sentimentos que são transpassadas para sua literatura: ora é meigo e sentimental, ora é mordaz (destrutivo satírico e trágico) Por ter o pessimismo como âncora de seus poemas, foi considerado o responsável pelo “mal do século”, caracterizado pelo sentimento melancólico e pelo desencanto.
Em 1851, a idéia de que a morte era certeira em sua vida, começou a escrever cartas à mãe, à irmã e aos amigos certificando-os do seu inevitável destino.
Sua temática voltada à morte pode ser considerada também como um refúgio, uma fuga da realidade conturbada que vivia e da relação com o mundo que o cercava, o qual lhe dava sensação de impotência.
O poeta desejou tanto a morte que morreu ainda jovem, aos 20 anos, a 25 de abril de 1852.
Beatriz Barreto e Beatriz Galieta 9e
Álvares de Azevedo
Filho de Inácio Manuel Álvarez de Azevedo e Maria Luísa Mota Azevedo, ele passou a infância no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos. Voltou a São Paulo em 1847 para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde desde logo ganhou fama por brilhantes e precoces produções literárias. Destacou-se pela facilidade de aprender línguas e pelo espírito jovial e sentimental.Durante o curso de Direito traduziu o quinto ato de Otelo, de Shakespeare; traduziu Parisina, de Lord Byron; fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano em 1849 e fez parte da Sociedade Epicureia, iniciou o poema épico O Conde Lopo, do qual só restaram fragmentos.Não concluiu o curso, pois foi acometido de uma tuberculose pulmonar nas férias de 1851 a 1852, a qual foi agravada por um tumor na fossa ilíaca, ocasionado por uma queda de cavalo, falecendo muito cedo, aos 21 anos.Suas obras: Lira dos Vinte Anos,Noite na Taverna (uma prosa) e o Conde Lopo,um poema inédito.
Filho de Inácio Manuel Álvarez de Azevedo e Maria Luísa Mota Azevedo, ele passou a infância no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos. Voltou a São Paulo em 1847 para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde desde logo ganhou fama por brilhantes e precoces produções literárias. Destacou-se pela facilidade de aprender línguas e pelo espírito jovial e sentimental.Durante o curso de Direito traduziu o quinto ato de Otelo, de Shakespeare; traduziu Parisina, de Lord Byron; fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano em 1849 e fez parte da Sociedade Epicureia, iniciou o poema épico O Conde Lopo, do qual só restaram fragmentos.Não concluiu o curso, pois foi acometido de uma tuberculose pulmonar nas férias de 1851 a 1852, a qual foi agravada por um tumor na fossa ilíaca, ocasionado por uma queda de cavalo, falecendo muito cedo, aos 21 anos.Suas obras: Lira dos Vinte Anos,Noite na Taverna (uma prosa) e o Conde Lopo,um poema inédito.
Antítese personificada
A ironia é um traço constante na obra de Álvares de Azevedo e é uma forma não passiva de ver a realidade, de abalar as convenções do mundo burguês.Em determinados aspectos, a poesia de Álvares de Azevedo se assemelha a alguns poetas do século XX, como a ironia na poesia de Carlos Drummond de Andrade e o cotidiano na de Manuel Bandeira.
Gabriela Pessoa e Marcela Barreto- 9 ano 'e'
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